domingo, 20 de dezembro de 2009

Not easy


Escrevo nesse blog apenas textos que expressam aquilo que penso a respeito de determinado tema. Acontece que desta vez resolvi escrever um pouco sobre aquilo que sinto, as vezes sufocante. Aquelas coisas que nos fazem chorar e causam um misterioso e inexplicavel aperto no coração.
Me canso, em determinados momentos como este, de ser sempre madura e sensata. Gostaria de ser protegida e amada. Pra falar a verdade sinto falta de amigos, apesar de ter poucos, que valem por milhares de exercitos espartanos e atenienses lutando contra os persas durante as guerras médicas, e de um amor. Apesar de sempre aparentar firmeza e força diante de todos aqueles quem me rodeiam a ponto de fazê-los pensar que eu realmente não me importo com esse assunto. Mas acontece que o tempo vai passando e a solidão bate na nossa porta, quer queiramos ou não, nesse tempo dar foras se torna uma tarefa dificil quando na verdade o que queremos é embarcar no primeiro que aparecer e finalmente parar de esperar o principe encantado, se é que ele existe mesmo. Se segurar pode não ser fácil, mas não é impossivel.
Na verdade, não me importo com futilidades. Passe o tempo que passar quero apenas encontrar alguem que me faça sentir segura e feliz, alguem com quem os medos sumam e seja acima de tudo um amigo. Mas a minha timidez e meu medo hora não me deixam investir, hora me dão pavor de dar chances e não passar de um simples divertimento e, o pior de tudo, sempre falta-me coragem até para encara-los. A verdade é que essa timidez é, apesar de involuntária e boba, demolidora de qualquer objetivo. Queria apenas um antídoto para acabar com ela, antes que meus sonhos se percam no vento.
O engraçado é que quando estou em cima de um palco toda essa timidez some, como se não fosse eu, na realidade me transformo, me realizo. No palco eu sou a estrela, todos estão ali para me ouvir e eu tenho obrigação de dar o melhor de mim, pois eu sei que tenho capacidade para isso. Em cima do palco é tudo fácil e claro, a timidez não existe e não existe também o medo, seria tão mais fácil se a vida fosse uma eterna peça de teatro.


"Por onde andei enquanto você me procurava
e o que eu te dei foi muito pouco ou quase nada
É que eu deixei algumas roupas penduradas

Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava..."

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